O orgulho é um sentimento
normalmente habitado em nós mas que indica a nossa dependência afetivas e
matérias e a superioridade de se julgar aos outros.
Humildade muitas vezes confundida
com fraqueza (por conta da suposta origem do latim Humilitas significa fraqueza, particularmente prefiro do Grego Humus significa Terra) mas que na
realidade significa olhar a vida com mais simplicidade (não implica ainda em
ser simplista) e assim auxilia e muito na identificação e providencial mudança
de padrão de comportamento, para Voltaire a humildade é
a modéstia da alma.
Ao contrário da crença que prega
que o orgulho dignifica, ele o cego, deixa torpe e indiferente às questões mais
importantes da vida pois quando nos achamos melhores que os outros, somos mais
sábios ou sabidos ou ainda porque possuímos alguma coisa isso acaba nos
limitando na realidade.
O verdadeiro sábio não se auto
descreve, o detentor do saber não o alarde aos quatro ventos, o fato de termos
concluídos vários cursos, faculdades, falar vários idiomas nos torna superiores
ou ainda aumenta nossa responsabilidade sobre como poderemos usar tais
conhecimentos? E ainda exemplificando um pouco sobre um acontecimento recente que
eu presenciei em um canal de televisão esportivo em que o convidado era um
ilustre técnico de futebol que esbravejou ignorantemente quando questionado
sobre a pergunta principal questão do programa sobre o porquê de técnicos
brasileiros de futebol não emplacam no exterior? (Muitos subentendem-se que são o máximo do professorado e sapienza que significa sabedoria em italiano). Esse ilustre senhor disse que
a questão não era o saber, um pouco, falar ao menos o idioma internacional, o inglês, mas
outros fatores na sua restrita visão e foi quase aos berros quando interpelado
se com o dinheiro por que ganhou não investiu em algum curso de inglês, dado a fortuna que ganhava como técnico, questionando e afirmando que aqui, no Brasil, ninguém fala mais que um
idioma.... Esse é um exemplo de como o orgulho cega completamente.
É fato que o saber e o estudo são
deveras importantes mas usar isso como prerrogativa de superioridade (ou a
falta deles!) é o que reforça em nós a estrutura egocêntrica, a superioridade é
uma das manifestações do orgulho e consequentemente do orgulhoso.
Uma das principais diferenças
entre o humilde e o orgulhoso é que o humilde não faz comparação e nem
julgamento. Em meu principal curso de Psicanalise sempre ouvia isso de meus professores:
“nunca julgue!”, não somente um
tentar de meus mestres para aprimorar meu ego mas com isso não se cegar,
conseguir olhar adiante, não se contaminar e conseguir ajudar e muito a quem nos procura
profissionalmente.
O humilde busca compreender os porquês, os motivos que levaram uma
pessoa a agir de determinada maneira. O nível de consciência empática faz com
que o humilde se sinta igual aos outros e os respeite exatamente como são, sem
exigir ou esperar deles uma mudança para que sejam aceitos.
Predominante no orgulhoso o nível
de consciência instaurado nele o faz não reconhecer suas imperfeições, sempre
busca um culpado para suas frustrações e sempre deseja ser receber, ser
compreendido, ser amado (dependendo caso egocêntrico beira a idolatria) e
respeitado.
A partir disso tudo, vamos refletir um pouco, em quais
pontos poderemos nos tornar menos orgulhosos, o que fazer para isso se tornar
real em nossas vidas? Cada um é um ser diferente com tempos e disposição distintas,
mas o caminho é o mesmo, refletir, talvez com algumas sugestões: e se
aprendêssemos a respeitar mais? E se aprendêssemos a doar sem esperar receber? E
se nos sentíssemos menos magoados ou ofendidos?
Reflita e assim faça essa incrível jornada interior onde nos
deparamos com coisas ricas, algumas sem valor e outras completamente lixos que
nos contaminam.