O Medo
Os tipos de medo
O medo faz parte da vida, mas é
prejudicial a cronicidade desse sentimento, perturbando o equilíbrio de vida da
pessoa.
Por ser comum a todos os seres
humanos, existem vários tipos de medo, sendo assim, saber qual é o tipo de medo
mais ocorre com Você pode ajudar para o autoconhecimento e para um tratamento
quando necessário.
Os tipos mais comuns são: morrer, solidão, falar em público, avião, lugares altos, escuridão, sangue, ambiente fechado, tempestade, animais, adoecer, injeção, multidão entre outros.
Há outros menos comuns e
específicos como medo de ponte, palhaço, cadáver, tecnologia, estes são os mais
raros mas ocorrem.
O Medo é Aprendido
Todos nós vamos vivenciar o medo em
algum momento, os seres humanos e os animais possuem reações inatas certos
estímulos, como ruídos inesperados ou altos. Esses estímulos podem variar de
uma pessoa para outra, mas alguns tipos de medo são mais frequentemente vistos
na maioria das pessoas.
Novos medos são frequentemente
aprendidos todos os dias. O contato com os estímulos indutores de medo
associados com objetos ou eventos que normalmente não são assustadores podem
causar novos medos.
Seus Efeitos no Cérebro
Durante a resposta a um perigo
eminente é envolvido áreas diferentes do nosso cérebro. Mas há uma glândula
essencial no processamento do medo, a amígdala cerebral.
Quando se está em situação de
perigo, a amígdala envia sinais excitatórios para outras áreas do cérebro,
assim, é possível garantir a atenção dessas áreas.
Há um estudo interessante sobre uma
mulher portadora da doença de Urbach-Wiethe, uma condição que resulta no
enrugamento e endurecimento de partes do cérebro, nesse caso, partes de sua
amígdala tinham sido afetadas, sendo assim, ela não sentia medo quando se
deparava com casas assombradas, grandes aranhas ou cobras venenosas, mas ela
experimentou grande medo quando solicitada a inalar dióxido de carbono, gás asfixiante.
Com esta pesquisa chega-se à
conclusão que fatores externos perigosos não desencadeiam resposta de medo, mas
ameaças à saúde interna podem causar, isso se deve ao fator de sobrevivência.
O Medo e os Efeitos Emocionais e Físicos
Nas situações de medo se
experimenta a percepção aprimorada do espaço e tempo, os sentidos da visão,
olfato e audição aumentam também, o coração e os pulmões trabalham mais rápido,
as narinas se expandem para absorver melhor o ar, o sangue circula melhor nas regiões
mais importantes como coração, pulmão e cérebro. Proporciona ao indivíduo o
amento da chance de sobrevivência a uma situação perigosa.
Com isso a pessoa é afetada emocionalmente
e fisicamente, pode ocasionar traumas psíquicos e físicos. Durante, após ou
quando se recordar da situação que ocasionou o medo a pessoa pode ter alguns
desses sintomas: paralisia temporária, arritmia cardíaca – batimento irregular
do coração, tontura, desmaio, engasgar, náuseas entre outras.
Efeitos psíquicos podem ser como
pensamentos perturbadores, perda do foco, confusão, ansiedade, raiva, desamparo
entre outras.
Esses sintomas podem aparecer também
quando a pessoa se recorda do trauma sofrido anteriormente.
O Medo como doença
É fundamental haver equilíbrio desse
sentimento para se viver de forma saudável. O medo constante se torna doença,
afetando a saúde emocional e mental.
A vida é repleta de situações boas
e ruins, rompimentos, perdas e fracassos, mas quando se torna um comportamento
obsessivo se torna doença, provocando baixa estima que pode se transformar em
depressão.
Outras condições que são afloradas
são: ansiedade generalidade, fobias especificas, obsessões e compulsões,
paranoia, esquizofrenia entre outras patologias.
Existe uma diferença entre medo,
que é uma resposta emocional a uma ameaça real ou percebida e fobia que é parecida
com o medo, mas a ansiedade presente nesse sentimento é muito mais alta e
acaba interferindo na vida da pessoa, portanto, o medo intenso característico
da fobia geralmente é desproporcional à ameaça real daquilo, do objeto que provoca isso, prejudica a vida
social e afetiva do indivíduo, pois acaba evitando locais e situações por conta
da fobia, a iminência de que algo ruim pode acontecer.
O medo é inato a nós todos, é essencial para criar alertas em situações de emergência, é indispensável para a sobrevivência da espécie.
Mas o seu excesso se torna patológico e deve ser tratado, a Terapia ajuda a averiguar e elaborar, trabalhar, esse sentimento.